Publicado em: 12/10/2023 | por: Ana de Castro
Nesta quinta-feira (12), a SP Escola de Teatro foi um dos palcos do primeiro dia da 24ª edição do Festival Satyrianas, maior festival teatral da cidade que reúne milhares de artistas e espectadores em 4 dias ininterruptos de arte, cultura e festa.
Essa edição das Satyrianas tem como tema “Re_existir no Zé-Fênix”, em tributo a Zé Celso Martinez Corrêa, lenda do teatro brasileiro que faleceu em 6 de julho.
Veja alguns dos destaques do primeiro dia de evento:
Exposição sobre Zé Celso
Com documentos secretos da ditadura, matérias de jornais e fotos, desde a infância até os tempos de Teatro Oficina, a trajetória de José Celso Martinez Corrêa foi relembrada e homenageada após sua morte em julho deste ano na exposição “Zé Celso Através dos Tempos”. A mostra está aberta à visitação até domingo (15), no hall da SP Escola de Teatro.
Performance “Útero”
A estreia do festival também contou com a performance “Útero”, na sala Vange Leonel (R4). “Pele, lágrimas, amor e culpada” são algumas das palavras norteadoras da obra, criada, dirigida e interpretada por Flávia Albuquerque. A definição do outro pelo uso de palavras, de acordo com a atriz, foi uma das bases da performance, pensada a partir de exercício realizado na SP Escola de Teatro, durante as aulas.
Peça “Eu te amo, sozinha… ou qualquer coisa sobre cafeína”
A Cia. Do Nada recebeu os espectadores – que lotaram a sala Alberto Guzik (R1) – para prestigiar o primeiro espetáculo da companhia, com direito a cafézinho. A obra, “Eu te amo, sozinha… ou qualquer coisa sobre cafeína” fala sobre amor, lembranças e muito (muito) café. Com 50 minutos de duração e direção de Preto Campos, a apresentação tem como parte do elenco a egressa da SP Escola de Teatro Ana Pereira, que compartilhou se sentir honrada ao participar do Festival no mesmo local de sua formação como artista.
Sobre “Útero”
Estamos inserides em uma sociedade que busca definir o outro por meio de palavras (que machucam, objetificam, qualificam, menospreza, incluem e também excluem, afetuosas, machistas, homofóbicas, dentre tantas outras), com isso, por meio das palavras que se contará alguns relatos. Relatos vividos e absorvidos por um corpo uterino, que sobre(vive) em meio a uma sociedade misógina, patriarcal e heteronormativa. – Duração: 20 min – Ficha Técnica: Atuação, criação e direção: Ana Flávia de Albuquerque. Classificação: 16 anos
Sobre “Eu te amo, sozinha… ou qualquer coisa sobre cafeína”
É o primeiro espetáculo da Cia. Do Nada, companhia de jovens artistas da cidade com sede de amores em SP. O tema se estende por toda a mítica de amores, de memórias e café. As vivências dos integrantes se apresentam como cenário de criação, devaneio e concepção do espetáculo. “Eu te amo… Sozinha. Ou qualquer coisa sobre cafeína” é estritamente sobre lembranças, reflexões de amores e café, muito café. Duração: 50 min. – Ficha técnica: Direção: Preto Campos; Assistente de Direção: Carina Falchi; Texto: Carina Falchi e coletivo; Elenco: Ana Pereira, Gabriel DiMarco, Lu Astolfo e Lucas Salomão; Produção: Gabriel DiMarco; Operação de luz: Caio Maciel; Sonoplastia: LuminuS modesto curumim. Classificação: 12 anos.
Fonte: SP Escola de Teatro