Amor entre Verlaine e Rimbaud é retratado em SP em peça do grupo Os Satyros
O grupo paulistano de Teatro Os Satyros vai fazer a partir do próximo sábado, 8 de dezembro, uma verdadeira maratona de apresentações na segunda temporada da peça “Inferno na Paisagem Belga”, que conta a história de amor entre dois poetas históricos que se apaixonaram perdidamente. Estamos falando de Paul Verlaine e Arthur Rimbaud.
Os dois, além da produção de uma obra literária incrível, ficaram muito conhecidos pelo romance passional que estabeleceram no final do século XIX e que influenciou a obra de ambos de forma radical, consequentemente, a história da Poesia Moderna. A produção literária mais marcante de Rimbaud coincide com o tempo em que viveu apadrinhado por Paul Verlaine, também poeta, casado e com filho.
A admiração de um escritor pelo outro vai além e ambos se apaixonam loucamente, para desespero de Mathilde, mulher de Verlaine. Ainda assim os dois se entregam ao sentimento avassalador e abandonam Paris, viajando para Bruxelas e Londres.
A peça se inicia como uma palestra, onde os atores fazem uma explanação sobre a vida e obra dos dois poetas. Em seguida, passa a definir os estados de paixão vividos por eles, que vai da plenitude à desgraça. A montagem recorre a meios tecnológico em busca de uma narrativa contemporânea.
“Inferno na Paisagem Belga”: 8 a 20 de dezembro
Segunda à sexta 21h, sábado 23h59, domingo 20h
R$ 20
Fonte: Mix Brasil, 7 de dezembro de 2012
Oi Ivam!
Eu estava com uma charada pra você que em parte foi respondida com a matéria acima.
Quando um espetáculo é político e retrata questões contemporâneas, é esperado que o público não se prepare para o que vai ver. O entendimento deve acontecer ali, no momento teatral, concorda? Mesmo porquê espera-se que o espetáculo aponte caminhos para a reflexão,sem dogmas.
Mas e quando o espetáculo trata de personagens e passagens históricas; o público deve se preparar com antecedência? O aproveitamento melhor do espetáculo se dá com o prévio conhecimento do contexto histórico ou não? Porque entendo que o espetáculo não pode se preocupar excessivamente com isso, até tornar-se didático.
Ou seja, você acha que o espetáculo tem que dar conta do assunto, de tal modo, que a própria encenação se autoexplique, e os seus meandros históricos ou é necessário,o conhecimento de causa.
Desde ontem, matutava com essa pergunta para lhe fazer. Quando vi essa matéria, entendi que vocês acharam necessário no espetáculo uma explanação…o que me diz desse dilema?
beijos, Vivi
inteligencia+sensibilidade+sensatez+harmonia+equilíbrio+ousadia=estética Satyros