A convite do Sesc SP e ao lado de Giovana Soar e Jhonny Salaberg, sou responsável pelas ações formativas desta edição do MIRADA – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, que acontece desde o dia 9, e que termina no próximo domingo (18/9).
Assim, além desta tarefa – que tem suscitado discussões incríveis e provocadoras –, um tempo para pensar e refletir sobre o fazer teatral e, porque não, medir a importância da nossa arte nestes tempos tão conturbados.
Tempo também para assistir a alguns dos 36 espetáculos, de 13 diferentes países, que compõem a matriz do festival.
VIAGEM A PORTUGAL, ÚLTIMA PARAGEM OU O QUE NÓS ANDAMOS PARA AQUI CHEGAR (PORTUGAL)
É um espetáculo-percurso-viagem pelo território fragmentado de um país. Nesta viagem literária (que toma emprestado o título de José Saramago), o Teatro do Vestido procura descobrir como chegamos até aqui. De onde viemos afinal? Qual o mapa das estradas? O que é, enfim, um país, e o que nos torna parte dele?
O espetáculo é exatamente o que a sinopse descreve, montado dentro da estética habitual do Teatro do Vestido: tentativa ao extremo de poetizar a cena para deixar cada trecho do texto profundo, condução vagarosa das cenas, cenografia elaborada (com mesas cheias de adereços, quadros brancos, balões espalhados pelo chão, projeções) porém organizada sem simetrias, de modo a deixar tudo casual, parece o ateliê de um artista. A peça faz um círculo, começa e termina com os atores criando e compondo as narrativas com peças de Lego.
Texto e direção Joana Craveiro Cocriação e interpretação Estêvão Antunes, Simon Frankel, Tânia Guerreiro e Mafalda Pereira Vídeo e imagens (originais, reproduções, slides) João Paulo Serafim Cenografia Carla Martinez Figurinos Tânia Guerreiro Música (composição e interpretação) Francisco Madureira Assistência, interpretação, manipulação de documentos, vídeo em tempo real Mafalda Pereira Desenho de luz Cristóvão Cunha Coordenação técnica Leocádia Silva Operação de luz Rodrigo Lourenço Técnico de vídeo João Pedro Leitão Direção de produção Alaíde Costa Produção no Brasil Corpo Rastreado Apoio Fundação Calouste Gulbenkian, FX Road Lights Coprodução Teatro do Vestido e Teatro Viriato
SOU UMA ÓPERA, UM TUMULTO, UMA AMEAÇA (PORTUGAL)
Uma escritora obcecada pelo funcionamento da mente consciente, a artista-plástica-personagem do romance que está a escrever e Margaret Cavendish, a filósofa-investigadora-romancista do século XVII que lhe assombra os dias, são algumas das figuras evocadas nesta história. Se o discurso artístico pode ser considerado, por natureza, um discurso contracorrente, porque é que ainda assim, no seu seio, se mantêm e se reproduzem determinados estereótipos?
Peça filosófica em que se discute noções da biologia, da física, da psicologia, da estética. Elenco bem afinado no canto, nos breves excertos musicais. A encenação traz momentos bonitos com projeção de cenas filmadas por uma das atrizes; uma outra assume o teclado; leves mudanças no cenários. As quatro atrizes são excelentes.
Criação Cristina Carvalhal Cenário e figurinos Nuno Carinhas Interpretação Inês Rosado, Manuela Couto, Rosinda Costa e Sara Carinhas Assistência de encenação Alice Azevedo Luz Rui Monteiro Luz no Brasil Diana Santos Som Sérgio Delgado Som no Brasil Sérgio Milhano Adereços João Rapaz Produção executiva Sofia Bernardo Produção no Brasil Júlia Gomes – CenaCult Agradecimentos Ana Luísa Amaral, Pedro Filipe Marques e associação cultural Teatro Meia Volta e Depois à Esquerda Quando Eu Disser Apoio Fundação Calouste Gulbenkian Coprodução Causas Comuns e São Luiz Teatro Municipal
ESTREITO (PORTUGAL/CHILE)
A peça reflete sobre a figura de Fernão de Magalhães e a sua viagem ao Estreito, instalando diferentes abordagens cênicas que — fugindo de uma simples anedota histórica e de uma ordem cronológica — questionam, profanam e mergulham na aventura de um grupo de homens face ao desconhecido, à conquista e à mudança de paradigma, numa montagem que mistura estilos, opiniões e visões.
Começa com vídeos de “bastidores”, bem informais, dentro de carros, com os atores chilenos indo para Portugal (fazendo piadas e ironizando aspectos controladores e colonizadores dos portugueses, de que foram convidados a ir à Europa pela simples questão de culpa) e os portugueses, também ácidos, dizendo que os latino-americanos chegarão com fome, trocam música peruana por chilena, o deboche segue intenso em ambas as conversas. A encenação segue discutindo colonização, se o Estreito de Magalhães foi realmente “descoberto”, xenofobia e a veracidade da história oficial e suas versões. Tem forte pegada surrealista, com deboche, situações absurdas e muita provocação e ironia.
Direção artística Alexandra von Hummel, Alexis Moreno e Gonçalo Amorim Texto Alexis Moreno Encenação Alexis Moreno e Gonçalo Amorim Tradução para português Maria João Machado Assistência de encenação Patrícia Gonçalves Interpretação Alexandra Von Hummel, Alexis Moreno, Gonçalo Amorim, Manuel Peña, Patrícia Gonçalves e Pedro Vilela Cenário e desenho de luz Rodrigo Ruiz Realização plástica e figurinos Catarina Barros Suporte para realização plástica e figurinos Nuno Encarnação Direção técnica Cárin Geada Produção Patrícia Gonçalves (TEP) e Horácio Perez (Teatro La Maria) Direção técnica no Brasil André Cajaiba Técnico de luz no Brasil Emerson dos Santos (Nono) Técnico de som no Brasil Rafa Rouxinol Advogada no Brasil Martha Macruz Direção de Produção no Brasil Stella Marini – Púrpura Produções Artísticas Coprodução Teatro Municipal do Porto, Teatro Experimental do Porto e Teatro La Maria
QUIMERA (EQUADOR)
Dois soldados de fronteira encontram-se por acaso numa manhã em que desapareceu a demarcação que dividia os dois países. Esta ocorrência incomum os conflita sobre sua identidade e patriotismo.
A magia do grande teatro feito com pouco. A produção é modesta, tem estética de teatro amador, mesmo os dois soldados, a um primeiro olhar rápido, dão a impressão de algo simplório, porém o espetáculo é um primor, de uma verdade – no melhor sentido – tocante. A premissa é simples: sem fronteiras definidas, quem é o amigo ou inimigo? Contudo é bem executada, os protagonistas são singelos e trazem à cena certa doçura, mesmo a um tema amargo como a guerra. A chegada de dois personagens vindos de um país chamado Quimera vai deixá-los ainda mais perturbados.
Dramaturgia e direção Nixon García Sabando Elenco Rocío Reyes Macías, Freddy Reyes Macías, Pablo Chávez Zambrano e Hernán Reyes Parrales Assessoria e composição musical Rainer Christian Rosenbaum Design de luzHernán Reyes P. Figurino José Rosales Cenografia José Rosales e La Trinchera Adereços Cesar Pilay e La Trinchera Operadora de som Angélica Reyes P. Operador de luz Gerson Guerra Fotografia Leiberg Santos Produção no Brasil Circus produções – Guto Ruocco e Caroline Zitto
ERASE (ARGENTINA)
O espetáculo atualiza à sua maneira a revista que a inspirou: Era uma vez… o homem, uma versão da origem da humanidade que a Igreja Católica interveio durante a ditadura militar argentina combinando – ao ponto do delírio – criacionismo cristão, Neandertais e Sapiens.
Ótima montagem! O elenco assume, esporadicamente, papéis de Arendt, Beauvoir, Aristóteles, Marx, Darwin etc. e tece reflexões sobre a concepção machista da biologia, a história da ciência, a perspectiva masculina, branca, ocidental e produtivista nas civilizações conhecidas… A dramaturgia é colaborativa e muito bem construída – a meu ver, o grande destaque, ao lado do trabalho de alguns atores.
Direção Gustavo Tarrío Autores Mónica Cabrera, Marcos Krivocapich e Gustavo Tarrío Atuação Lila Monti, Marcos Krivocapich, Milva Leonardi, Carolina Saade e Donna Tefa Sanguinetti Voz em off Gustavo Di Sarro e Cecilia Laratro Figurino Paola Delgado Iluminação Fernando Berreta Desenho sonoro Pablo Viotti Realização de cenário Hencer Molina Arte Mariano Sigal Fotos Francisco Castro Pizzo Assistência de direção e coreografia Juanse Rausch Produção no Brasil Vuela e Corpo Rastreado – Ariane Cuminale, Gabi Gonçalves, Gabs Ambròzia, Graciane Diniz e Leo Devitto Produção de cenografia no Brasil Carol Bucek Direção técnica no Brasil Jimmy Wong Agradecimentos Sofía Herrera, Germán Krivocapich, Debora Bursztyn, Milena Krivocapich, Gabriel Baggio, Emilia Suárez, Marcela Inda, Andrés Binetti e Renee Ferraro
A CAMINHADA DOS ELEFANTES (PORTUGAL)
Quando o homem morre, os elefantes fazem uma caminhada misteriosa a sua casa, para lhe prestar uma última homenagem: não era um homem qualquer, era um deles. “A Caminhada dos Elefantes” é sobre a existência, a vida e a morte, e o caminho que todos temos de fazer, um dia, para nos despedirmos de alguém. Um espetáculo que reflete sobre o fim, que é um mistério para todos, crianças ou adultos.
Combina teatro de sombras, bonecos e contação de histórias. As miniaturas dos animais selvagens são lindas, e é por meio da manipulação delas que o enredo é conduzido.
Encenação Miguel Fragata Texto Inês Barahona Interpretação Miguel Fragata Cenografia e figurinos Maria João Castelo Música Fernando Mota Desenho de luz José Álvaro Correia Direção técnica Pedro Machado Apoio à dramaturgia na vertente da psicologia Madalena Paiva Gomes Apoio à dramaturgia na vertente da pedagogia Elvira Leite Consultoria artística Giacomo Scalisi, Catarina Requeijo e Isabel Minhós Martins Produção Formiga Atómica Produção no Brasil Adryela Rodrigues – Sendero Cultural Coprodução Formiga Atómica, Artemrede Teatros Associados, Centro Cultural Vila Flor, Maria Matos Teatro Municipal e Teatro Viriato Projeto financiado por Governo de Portugal – Secretaria de Estado da Cultura / Direção-Geral das Artes
ENSAIO PARA UMA CARTOGRAFIA (PORTUGAL)
Resistência. Coragem. Superação. Em Ensaio para uma cartografia assistimos à construção de um caminho individual e coletivo, artístico e pessoal. Este é um espetáculo que surge de um percurso iniciado por Mónica Calle em 2014, a partir de “Os sete pecados mortais”, de Bertolt Brecht, e de “A boa alma”, de Luís Mário Lopes. A partir dos ensaios de orquestra de grandes maestros e dos movimentos do ballet clássico, doze atrizes dançam.
Procedimento dadaísta de repetição ad nauseam, no início do espetáculo (de duas horas) as atrizes tiram a roupa, formam um triângulo no palco e performam praticamente o mesmo movimento do início ao fim, flexionando um dos joelhos em deferência ao público, sob instrução de áudio gravado em alemão (com breves trechos em inglês). Na metade da peça, pegam de volta seus instrumentos clássicos, tocam um pouco e voltam à coreografia repetitiva cuja intenção geralmente é, nesse tipo de mecanismo, simplesmente perturbar o público ou provocar reflexões alegóricas aos que tentam desvendar o porquê daquilo tudo. Um dos momentos mais poéticos desta edição do Mirada.
Direção Mónica Calle Assistente de encenação José Miguel Vitorino Elenco Carolina Varela, Ana Água, Sílvia Barbeiro, Lucília Raimundo, Sofia Vitória, Joana Santos, Maria Inês Roque, Miu Lapin, Sofia Dinger, Roxana Ionesco, Mafalda Jara, Mónica Garnel e Mónica Calle Desenho de luz José Álvaro Correia Direção de luz Renato Marinho Técnico de som Vasco Gomes/João Sousa Fotografia Bruno Simão Produção Sérgio Azevedo e Casa Conveniente/Zona Não Vigiada Coprodução Teatro Nacional D. Maria II Produção no Brasil Daniele Sampaio – SIM! Cultura Assistência de Produção no Brasil Cadu Cardoso Coordenação Técnica no Brasil Melissa Guimarães
A Casa Conveniente/Zona Não Vigiada é uma estrutura financiada pela Direção-Geral das Artes/República Portuguesa-Cultura
OS FILHOS DO MAL (PORTUGAL)
A peça investiga a relação que as gerações que cresceram depois do 25 de Abril de 1974 têm com o Estado Novo e que memórias é que lhes foram transmitidas desse mesmo passado. O espetáculo reflete em particular sobre os “filhos” de opositores do regime em confronto com outros cujos “pais” eram apoiantes da ditadura portuguesa. Em cena, os “atores” são pessoas reais, encontradas através do processo de recolha de testemunhos, representando ali as suas próprias histórias.
Esse naturalismo absoluto que a dramaturgia propõe (“atores” contando histórias da própria família) é perfeitamente transposto à encenação em algumas passagens (com todos bebendo ao redor da mesa e depois cozinhando, por exemplo) de teatralização zero, de muita qualidade, parece uma conversa real de amigos num apartamento, porém com a dicção e a nitidez que o palco exige. Esse registro muda em algumas poucas cenas, nas narrativas e falas diretas ao público. Temas e procedimentos já muito batidos, tinha tudo para ser clichê, mas é incrível.
Criação André Amálio Cocriação e movimento Tereza Havlíčková Assistente de criação Cheila Lima Interpretação Ana Rita Ferreira, Ana Sartóris, Cheila Lima, João Esteves, Paulo Quedas e Rita Tomé Cenografia Sara Franqueira Criação musical Pedro Salvador Desenho de luz e operação Joaquim Madaíl Produção executiva Maria João Santos Produção Hotel Europa Coprodução São Luiz Teatro Municipal Fotografia Estelle Valente Produção no Brasil Szpektor & Corrêa Produções Artísticas
LA LUNA EN EL AMAZONAS (COLÔMBIA)
Os diretores Heidi e Rolf Abderhalden relacionam a situação atual com a do final do século 19, quando uma comunidade indígena se isolou deliberadamente diante da violenta intrusão de colonos em seu território na Amazônia colombiana. Textos científicos e ficcionais, material visual, testemunhos atuais, sons eletrônicos e música ao vivo formam a base de uma etno-ficção futurista que mescla história, presente e anedotas curiosas.
A sinopse acima é a descrição perfeita da montagem. Espetáculo sustentado nas projeções que ocorrem do começo ao fim, é totalmente narrativo, com alguns apartes curiosos, como uma atriz falando sobre as similaridades do ensaio desta peça e um filme do Apichatpong Weerasethakul em que ela atuava. Visualmente muito bem elaborado.
Concepção e direção Heidi Abderhalden e Rolf Abderhalden Dramaturgia Heidi Abderhalden, Rolf Abderhalden e Aljoscha Begrich Com participação de Heidi Abderhalden, Agnes Brekke, Andrés Castañeda, Julián Díaz e Santiago Sepúlveda Voz em língua andoque Levi Andoque Voz em língua ticuna Carla López Convidado especial Jorge Alirio Melo Música e desenho sonoro Juan Ernesto Díaz* Iluminação Mathias Roche Iluminação no Brasil Grissel Piguillem Técnica de iluminação Patricia Savoy e Kuka Batista Projeto visual e cenográfico Rolf Abderhalden Figurino Elizabeth Abderhalden Desenho de objetos Jose Ignacio Rincón e Santiago Sepúlveda Câmera Javier Hernández, Fausto Díaz e Mónica Torregrosa Edição de vídeo Heidi Abderhalden, Fausto Díaz, John de los Ríos e Ximena Vargas Versão do texto em português Beatriz Sayad Vídeo ao vivo Ximena Vargas Coordenador técnico de vídeo e som Rodrigo Gava Rodrigues Técnico de vídeo Rodrigo Caldeira Técnico de som Randal Juliano Diretor de palco Santiago Sepúlveda Cenotécnicos e técnicos de palco Wanderley Wagner da Silva, Fernando Zimolo, Rafael Alcantara e Enrique Casas Cenotécnicos de montagem e desmontagem Adriano Barbosa da Silva e Normando da Silva Junior Coordenação da construção de cenografiaJulio Cesarini Camareira Jamile Direção técnica na Colômbia Jose Ignacio Rincón Direção técnica no BrasilJulio Cesarini Produção Mapa Teatro José Ignacio Rincón e Ximena Vargas Direção de produção no Brasil Andrea Caruso Saturnino e Ricardo Muniz Fernandes Administração Letícia Fernandes Em parceria com Iberescena e Naves Matadero, Siemens Stiftung Apoio Foundation for Arts Initiatives Ffai Coprodução Ruhrtriennale, Mousonturm, Culturescapes, Le Phénix Scène Nationale, Next Festival, Théâtre de la Ville e Paris Festival d’Automne Produção executiva na França, Bélgica e Suíça Le Phénix Scène Nationale
BRASA (PORTUGAL)
A palavra Brasil tem origem na grande quantidade de árvores de pau-brasil existentes na região do litoral brasileiro. Brasil deriva de brasa, pois esta árvore possui uma seiva avermelhada, cor de brasa. Durante anos essas árvores foram extraídas e vendidas para o continente europeu. Podemos dizer que foi um dos objetos que mais cruzou o Atlântico. Nos últimos anos, novos grupos migratórios escolheram Portugal ou o Brasil para desenvolver estudos académicos, em busca de novas oportunidades de trabalho ou simplesmente para sair do seu país de origem por motivos políticos. Mas quem são esses novos migrantes brasileiros e portugueses? Que desejos têm quando decidem migrar?
Tem aquela tipologia bem tradicional de bienais, quando artistas visuais performam ou montam experimentos site especific. Existem dois planos simultâneos: uma parte da encenação fica à frente e a outra atrás do palco; alguns espectadores ficam de um lado e parte deles de outro, até que a tela que divide essas duas cenas é retirada nos minutos finais e pode-se ver tudo.
Aborda as diferenças linguísticas e culturais entre Brasil e Portugal. Toda a visualidade é composta em preto e branco (cenário, figurino, adereços), com exceção de dois momentos com iluminação sépia. Excepcional!
Criação e espaço Tiago Cadete Cocriação Gaya de Medeiros, Julia Salem, Keli Freitas, Magnum Soares e Tiago Cadete Com Dori Nigro, Julia Salem, Keli Freitas, Leonor Cabral, Tiago Cadete e Tita Maravilha Participação em vídeo Ana Lobato, Dori Nigro, Gaya de Medeiros, Gustavo Ciríaco, Isabél Zuaa, Magnum Soares, Raquel André e Keli Freitas Assistente de criação Leonor Cabral Figurino Carlota Lagido Assistente de figurino Sandra Guerreiro Luz Rui Monteiro Câmara Afonso Sousa Edição de tela António MV Diretor técnico Élio Antunes Produção executiva em Portugal Cláudia Teixeira Produção executiva no Brasil Bomba Criativa – coordenação Julia Baker Gestão financeira e administração estreia Vítor Alves Brotas Assessoria de imprensa em Portugal Mafalda Simões Fotografia de divulgação Afonso Sousa e Tiago Cadete Fotografia de cena João Tuna e Bruno Simão Documentário Afonso Sousa e Tiago Cadete Produção Co-pacabana Residências artísticas Fábrica das Ideias, Gafanha da Nazaré (23 Milhas), Espaço do Tempo, Teatro da Malaposta e Teatro da Voz Coprodução BoCA – Biennial of Contemporary Arts
MAR DE FITAS NAU DE ILUSÃO (BRASIL)
A peça lança um olhar sobre os 45 anos de fundação do grupo Imbuaça, um dos mais importantes coletivos de teatro de resistência e de defesa da cultura popular do Brasil. Nove atores interpretam mais de 20 canções, entre elas a da primeira montagem, “Teatro Chamado Cordel”, de 1978, numa celebração ao artista popular e ao teatro como arte pública.
A peça, programada inicialmente para a Praça Mauá, no centro histórico da cidade, teve que ser transferida para o foyer do Sesc, por conta do mau tempo, e foi um dos momentos mais mágicos desta edição do festival. Destaque – além do elenco afiadíssimo e donos absolutos da cena – para o design de aparência do espetáculo.
Roteiro e direção Iradilson Bispo Direção musical Humberto Barretto Elenco Amadeu Neto, Humberto Barretto, Iradilson Bispo, Lindolfo Amaral, Lidhiane Lima, Manoel Cerqueira, Priscila Capricce, Rosi Moura e Talita Calixto Cenário, figurino, maquiagem e adereços Iradilson Bispo Figurino da Rainha João Marcelino Restauro do figurino da Rainha Iradilson Bispo Execução de figurinos Dona Neres Contrarregragem Rogers Nascimento Técnico de som Fábio Eduardo Camarim Mercinha Barreto Produção IMPAR: Imbuaça Produções Artísticas Coordenação de produção Lindolfo Amaral Produção executiva Mércia Barreto
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