PORQUE COMPARTILHAR É PRECISO

Valmir Santos, Ivam Cabral, Eugenio Barba e Carlos Simioni, na SP Escola de Teatro, em dezembro de 2012: porque compartilhar é preciso (foto: SP Escola de Teatro)

Nesta semana, fui surpreendido por uma notícia incrível (por sorte, ultimamente minha vida tem sido um apanhado delas): a nossa SP Escola de Teatro tornou-se parceira oficial da Rede IberoAmericana de Escolas de Técnicas do Espetáculo ao Vivo (Red Iberoamericana de Escuelas de Técnicos Del Espetáculo En Vivo, no original).

Com essa espécie de “afiliação”, iniciada pela presença do nosso coordenador do curso de Sonoplastia, Raul Teixeira, e pela nossa formadora de Iluminação, Grissel Piguillem, no 3º Encontro de Escolas Técnicas do Espetáculo ao Vivo, organizado pelo Centro Cultural da Espanha (CCE_SP), em 2011, a SP Escola de Teatro se insere em mais uma rede de contatos para troca de informações e saberes.

E isso não é mesmo incrível? Afinal, o fazer teatral se dá, essencialmente, pela troca de experiências. Desde a experimentação única entre o ator e a plateia que o assiste até o ritual do ensino da arte, entre mestre e aluno, passando pelo aprendizado que se tem ao levar o seu teatro a outras terras, outras culturas.

Falo munido de experiência própria. À frente, com Rodolfo García Vázquez, da companhia de teatro Os Satyros, acabo de voltar de uma temporada muito bem-sucedida em Estocolmo, na Suécia, com “Cabaret Stravaganza” (que deve se repetir em 2014). Agora, nos preparamos para levar, em junho, nosso espetáculo “Filosofia na Alcova” para Los Angeles, numa co-produção com o Theater Asylum. Garanto: não há nada mais enriquecedor do que essas jornadas.

Aqui na SP Escola de Teatro, a coisa não é diferente. Intercâmbios fechados e muito bem estruturados com Suécia, Portugal, Cuba, Bolívia, México e, agora, essa parceria com a da Rede IberoAmericana de Escolas de Técnicas do Espetáculo. Esse acordo é baseado numa gama de contatos, na qual podemos trocar informações e saberes a partir das diferentes experiências das entidades que dela fazem parte. É uma rede de intercâmbio de Escolas Técnicas de toda a América Latina e Península Ibérica. Anualmente, alguns representantes das instituições parceiras se encontram para firmarem intercâmbios mais fortes com instituições de interesse ou para trocar experiências pedagógicas, que podem servir de exemplo umas às outras.

De início, nossa participação nesta rede se dará com o compartilhamento de informações sobre nosso sistema pedagógico e nossomodus operandi enquanto Escola Livre. Para mais detalhes, recomendo a visita ao blog do projeto, aqui.

Enfim, para crescer, é preciso estudar, compartilhar e desbravar. Não é mesmo?

Ator, roteirista e cineasta. Co-fundador da Cia. Os Satyros e diretor executivo da SP Escola de Teatro.
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