NA ESCANDINÁVIA | O que os suecos estão falando sobre a peça “A Neve do Brasil”

O espetáculo “Snön i Brasilien – Anna, Du Kan Väl Stanna” (em português, “A Neve do Brasil – Anna, Você Pode Ficar”), escrito por Ivam Cabral e Rodolfo García Vázquez, estreou em setembro no Moriskan, em Malmo, na Suécia. Desde então o espetáculo vem sendo apresentado em várias cidades pelo país sueco.

A peça foi especialmente concebida para os atores suecos Staffan Göthe, Bengt Braskered, Ulrika Malmgren e Katta Pålsson, todos nomes de destaque no cenário teatral sueco.

Ulrika Malmgren e Katta Pålsson são fundadoras do renomado grupo Darling Desperados. Staffan Göthe, além de sua atuação no teatro, cinema e televisão, é dramaturgo e foi professor na Malmö Theatre Academy. Bengt Braskered também possui uma carreira marcada por atuações em teatro e cinema, além de ser um premiado dramaturgo e roteirista, que acaba de receber o Kristallen Pris de melhor ator, o prêmio mais importante da TV sueca.

 

Sobre a peça

Dirigida por Rodolfo García Vázquez, “Snön Brasilien – Anna, Du Kan Väl Stanna” conta a história de Anna e Jonna, duas irmãs que cresceram no ambiente circense e conquistaram fama como crianças prodígios na televisão sueca. A trama se desenrola a partir da fuga da mãe judia para a Suécia durante a Segunda Guerra Mundial, enquanto sua irmã opta por emigrar para o Brasil, na esperança de reunir a família no futuro. No entanto, esse reencontro nunca ocorre, e as irmãs mantêm contato com a tia apenas por cartas ao longo dos anos.

A vida da irmã que partiu para o Brasil permanece envolta em mistério. Já a que ficou na Suécia continuou sua carreira no circo, casou-se e teve duas filhas, Anna e Jonna, que, na velhice, enfrentam uma existência marcada pela solidão. É nesse cenário que a narrativa da peça se inicia, abordando temas como família, memória, a vida do artista e o isolamento.

 

O que andam falando sobre a peça

A Neve no Brasil é maravilhosamente extensa, quente, louca e perigosa: é como ver o arquipélago de Luleå da minha infância através de uma lente brasileira distorcida.

Fredric Thurfjell

 

Eu me apaixonei completamente pelos personagens, pela atmosfera e pela atuação muito responsiva. Cem anos de solidão e alucinação Tchechov. Linda, engraçada e comovente!

Erika Höghede

 

Esta tarde tive que entrar numa hiper-realidade onírica. E eu não consigo explicar isso. É sonho, mas é diferente de um sonho – mas quando você tenta colocar palavras nas memórias/sentimentos de um sonho, as imagens desaparecem…

Sassaleee

Ator, roteirista e cineasta. Co-fundador da Cia. Os Satyros e diretor executivo da SP Escola de Teatro.
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