Ainda que patente, é importante afirmar que o performativo não se limita às artes. Está em diversas áreas como medicina, engenharia, arquitetura e tem a ver com o ato de fazer, de atuar.
Também não se restringe aos aspectos sensíveis e pode agir tanto nas camadas sociais como nas físicas. O performativo não está ligado ao desempenho; antes, é o processual que interessa.
De maneira geral, performance pode significar resultado ou maneira de se realizar alguma coisa. Pode definir também – se roubarmos sua relação com as artes plásticas –, uma maneira de colocar em prática um trabalho artístico ao vivo, um happening.
Deste modo, performam os que fazem performance. Se a performance acontece neste “lugar” e “ao vivo”, é possível pensarmos que, neste terreno, é forçoso que outra realidade seja instaurada. Não podemos esquecer que estamos no espaço da subjetividade e que o teatro é um acontecimento; um fenômeno, portanto.
Assim – e por meio desta experiência – podemos transformar ficção em realidade ou vice-versa. E, neste lugar, tanto artistas quanto público podem performar.
No teatro e no teatral necessitamos sempre de um olhar externo, da consciência e da observação. O performativo, contudo, não depende necessariamente deste olhar. Obrigatoriamente o teatral prescinde do performativo; o performativo, no entanto, pode dispensar o teatral.
Enquanto no teatral recorremos à formalização, na performatividade buscamos a fricção, a possibildiade do diálogo. Porque é no performativo que trabalhamos com a suspensão de juízo, importantíssima no processo criativo.
A questão da experiência é o platô da base pedagógica da SP Escola de Teatro – Centro de Formação das Artes do Palco. E nossa questão nestes últimos dias tem sido pensar como o performativo pode se deslocar no que propomos.
Se o foco está na experiência, nunca no resultado, o que importa é o fazer.
Bom DIA Ivan!!!
Estava a refletir sobre estes dias de experimento, e pensei afinal as salas “abertas” foram ou não performances?
Me pareceu que embora fosse para “ser” performances muitas salas, ainda com seus aprendizes condicionados a mostrar algo para seus respectivos formadores ficaram presos a uma “apresentação”.
Então me perguntava: Isto tudo que ocorreu, foi teatro performativo, performance ou performatico?
Em discussões com o grupo, foram levantadas tais questões e ainda cotinuei na dúvida rs.
Mas após ler seu texto sobre, ficou muito mais claro.
Agradeço pelo exclarecimento 😉
Abç
Legal, Alessandra, q este texto te disse alguma coisa. Adoro este assunto e podemos conversar pessoalmente sobre. Beijo.
Boa Noite Ivan,
Tranquei minha matrícula no módulo amarelo, adorei fazer o vermelho e ao concluir minha formação me deparo com o módulo verde, que por sinal foi muito bom, tem seus valores, e é necessário dentro da formação proposta pela SP, porém não me desperta vontades extremas de criatividade rs…
Mas ao saber que poderia repetir o azul, me senti muito mais atraída. Mudei meu horário (PS: Obrigada pela oportunidade) nova turma e novas dúvidas, aqui estou para reler seu texto que muito me ajudou e pôde clarear meu ponto de vista sobre o assunto.
Sinto que ainda há pessoas com muitas dúvidas, e a questão agora é: O que é performance e o que é teatro performativo…
Acredito que, não se pode dizer, que não se sabe totalmente o que é com tantas referências expostas e propostas.
Estou mais uma vez compartilhando seu texto com meu novo grupo(núcleo. Gostaria de complementar algo?
Desde já agradeço 😉
Bjs