Dez anos em seis meses. Engraçado, mas é mais ou menos essa sensação que tenho ao olhar para o calendário e constatar que passamos a marca do primeiro semestre de 2013.
Se não, vejamos: Comecei o ano descobrindo que sou um bom jardineiro. E que há muito prazer em construir, com suas próprias mãos, um jardim. Em janeiro, minha casa em Parelheiros ganhou mais flores. E, garanto a vocês que, modéstia à parte, ficou um trabalho bem bonito!
De volta ao semestre letivo aqui na SP Escola de Teatro, logo nos primeiros dias, senti que seria um período de grandes conexões internacionais.
De cara, recebemos para estudar conosco aprendizes de Cuba, vindos do Instituto Superior de Arte – ISA, de Havana, e de Portugal. Eles se juntaram a outros aprendizes de países como Argentina, Uruguai e Espanha.
Do outro lado da moeda, ou seja, da parte dos formadores da Escola, também recebemos uma verdadeira “legião estrangeira”. Só neste primeiro semestre, tivemos colaboradores da Suécia, Portugal, Inglaterra, Alemanha, Japão, Canadá, Estados Unidos, Nova Zelândia e Nigéria. E, a partir deste mês, artistas da Finlândia iniciarão uma residência na Escola. Em agosto, estará aqui o professor escocês Douglas Irvine, através de um programa chamado Internacional Creative Entrepreneurs (ICE ), que irá fazer acompanhamento na pedagogia e na diretoria para entender como a escola funciona.
Voltando ao universo fora da Escola, estive, com a minha companhia, Os Satyros, em turnês pela Suécia e pelos Estados Unidos. Na primeira, apresentamos “Cabaret Stravaganza” e, na terra do Tio Sam, “Philosophy in the boudoir” (“A filosofia na alcova”, em português), que conquistou um prêmio no Hollywood Fringe Festival 2013, em Los Angeles.
Durante a passagem pela Suécia, a Escola foi tema de um extenso artigo na revista “Scen & Film”, especializada em artes cênicas. Da Suécia, eu, Joaquim Gama e Rodolfo García Vázquez partimos rumo à Finlândia, em busca de um futuro para a Escola, na tentativa de uma parceria com a Universidade de Artes de Helsinque. E não é que deu certo? A partir do próximo semestre receberemos professores de lá aqui. É a SP Escola de Teatro fazendo – e contando – história!
Ainda neste semestre, além de estruturar o curso de pós-graduação na Escola, estive em cartaz, no Espaço dos Satyros Um, com a peça “Inferno na paisagem belga”, que foi uma experiência incrível.
Paralelamente, dei início a meu doutorado na USP, cujo tema é: “Estudo de um modelo de educação integrada nas artes cênicas: a pedagogia não hierárquica do conhecimento sistêmico para a formação modular de um artista crítico e solidário”, que tem tudo a ver com o modelo pedagógico da Escola, claro.
Enfim, estamos apenas no início do segundo semestre…