Caros colegas da Internacional dos Fóruns da Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano – IF-EPFCL, Em relação ao Manifesto Por uma Psicanálise Decolonial, lançado pelo Coletivo Psicanálise nas Brechas, li a carta de vocês com atenção e inquietação. Preocupa-me sobretudo o esforço em reduzir esse movimento a uma reação episódica ou a uma simples […]
TEORIAS DO TEATRO | Subterrâneos da Cena
Tenho pensado no que nos move, ou melhor, no que nos desmonta por dentro. A palavra “subconsciente” tem voltado com insistência aos meus ouvidos – e não de forma serena, como um sussurro do passado freudiano, mas como um tropeço repetido, uma reincidência ignorante. Vejo vídeos no Instagram – como todos temos feito –, e […]
O MANIFESTO | Por uma psicanálise decolonial
Por uma Psicanálise decolonial Quando o inconsciente também tem cor, território e memória Não somos figurantes na cena universal que a Europa acredita dirigir. Importa afirmar: a psicanálise nasceu da desobediência de ouvir o que não se queria ouvir. Desde Freud, nossa prática nos convoca a escutar aquilo que causa incômodo, o que escapa ao […]
TERRITÓRIO | Manifesto “Por uma Psicanálise Decolonial” é lançado em São Paulo em dia histórico para a psicanálise
Um dia histórico para a psicanálise no Brasil – e no mundo. Na manhã de hoje, o Coletivo Cinema e Psicanálise nas Brechas reuniu cerca de 100 pessoas no Cine Satyros Bijou – Sala Patricia Pillar, no centro de São Paulo, para lançar o manifesto “Por uma Psicanálise Decolonial”. O evento lotou a sala do cinema, e uma segunda […]
PSICANÁLISE | Quando Pedro fala de Paulo
Nesses dias, o psicanalista Antonio Quinet enviou uma mensagem com a tradução da fala de uma psicanalista francesa, proferida em um colóquio em Paris cujo tema era diversidade, identidade e singularidade sob o ponto de vista psicanalítico. Preocupado com a repercussão, Quinet traduziu e divulgou o texto para sustentar a ideia de que a senhora […]
CRÔNICA | Rituais para Medir o Silêncio
Se você me encontrar com relógio e anel, saiba: naquele dia eu sou psicanalista. Não que, sem eles, eu deixe de ser. Mas eles, de alguma maneira, me lembram do ofício. No dia a dia, aliás, nunca usei relógio. Nunca. É como se meu pulso tivesse aprendido, desde menino, a respirar fora do tempo. E, […]
PSICANÁLISE | O poder do ponto final
A psicanálise nunca nos prometeu respostas. Não é desse tipo de ciência que se ocupa. O que ela nos dá, na melhor das hipóteses, é um mapa das nossas feridas. Uma cartografia das dores, com suas cores e suas margens borradas. As respostas, se é que existem, estão sempre além do consultório. O que ela […]
A VIDA DA GENTE | O coração pequenininho
Hoje meu coração doeu. Encolheu até caber na palma da mão, como uma caixinha frágil, incapaz de conter tudo o que ainda pulsa. Falei com uma amiga querida, que cuida de sua mãe, acamada há mais de dois anos, depois de sucessivos AVCs. Desde então, o corpo já não obedece. Apenas respira, como quem se […]
CRÔNICA | O tempo é um sujeito impiedoso
Fiquei pensando em uma frase que li ontem, amplamente atribuída a Shakespeare, mas que, ao que tudo indica, teria sido escrita por Henry Van Dyke, que diz: “o tempo é muito lento para os que esperam, muito rápido para os que têm medo, muito longo para os que sofrem, muito curto para os que festejam. […]
GUADALUPE | Por uma Pedadogia do Afeto
Guadalupe chegou pequena. Não só no tamanho, mas naquele jeito desavisado e urgente dos que ainda não sabem o peso do próprio corpo nem os limites do mundo. Uma mini-golden, agora com sete meses de vida, dona de uma energia que parece sempre nova, como se cada manhã fosse a primeira vez que ela abrisse […]