MEMÓRIAS | A vida da gente

No sábado fiz duas sessões de “Todos os Sonhos do Mundo”, às 19 e 21h. Experiência maluca a desta semana. Não foi fácil segurar a ressaca das Satyrianas. Vínhamos de uma festa que, nesta edição, durou mais de 100 horas ininterruptas.

Também já revelei aqui que este trabalho tem uma particularidade muito especial. A peça não termina no blackout final, continua pelas minhas redes sociais e, certamente, este seja o motivo que faz deste espetáculo algo realmente hierático.

Ainda no sábado, quando cheguei em casa, fui checar as minhas mensagens no Instagram e encontro uma que me sensibilizou sobremaneira. Veio de uma espectadora que havia assistido à peça na sessão das 19h. Dizia se chamar Denise e que havia ido assistir ao espetáculo com seu namorado, Márcio, para comemorar o terceiro ano de relacionamento dos dois.

E continua, me dizendo que no dia 19 de novembro de 2019 os dois se conheceram na fila da bilheteria do Satyros, quando foram assistir justamente a uma sessão de “Todos os Sonhos do Mundo” e que naquela noite, após a peça, foram jantar no restaurante Dona Veridiana, e que, desde então, estão juntos e apaixonados.

Finaliza dizendo que:

“Hoje saímos para comemorar nossos três anos juntos e por coincidência vimos que você estava em cartaz. Obrigada por fazer parte da nossa história e esperamos que Deus te abençoe e o proteja sempre com muita saúde.
PS. (casal de máscaras na primeira fila)”

Ah, a vida e seus mistérios…

Ator, roteirista e cineasta. Co-fundador da Cia. Os Satyros e diretor executivo da SP Escola de Teatro.
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