35 𝒄𝒐𝒊𝒔𝒂𝒔 𝒒𝒖𝒆 𝒗𝒐𝒄ê 𝒑𝒓𝒐𝒗𝒂𝒗𝒆𝒍𝒎𝒆𝒏𝒕𝒆 𝒏ã𝒐 𝒕𝒊𝒏𝒉𝒂 𝒊𝒅𝒆𝒊𝒂 𝒅𝒆 𝒒𝒖𝒆 𝒂𝒄𝒐𝒏𝒕𝒆𝒄𝒆𝒖 𝒄𝒐𝒎 𝒐 𝒈𝒓𝒖𝒑𝒐
A Cia. de Teatro Os Satyros foi fundada em São Paulo, em 1º de abril de 1989, por Ivam Cabral e Rodolfo García Vázquez.
Com o espetáculo “Saló, Salomé”, de 1992, o grupo foi convidado para atuar em festivais em Portugal e Espanha, o que levou à criação da sede portuguesa da companhia, que perdurou até 1999, em Lisboa.
Em 1994, Os Satyros inauguram seu núcleo em Curitiba e, a partir de 1997, estabelecem um braço em Berlim, na Alemanha, que se manteve ativo até 2004. A sede curitibana permaneceu operante até 2009.
Desde dezembro de 2000, o grupo mantém o seu Espaço dos Satyros na Praça Roosevelt. Ao longo destes 35 anos, Os Satyros:
1 — Produziram 145 espetáculos;
2 — Atuaram em 36 países, em quatro continentes;
3 — Desde 1990, Os Satyros sempre tiveram espaços próprios em São Paulo, Lisboa e Curitiba. Na Praça Roosevelt, durante o período de 2004 a 2020, o grupo manteve o Espaço dos Satyros Um e o Espaço dos Satyros Dois, com uma intensa programação;
4 — Entre 2006 e 2008, no Jardim Romano, na região do Jardim Pantanal, no extremo da Zona Leste da cidade, o grupo manteve o Espaço dos Satyros Três. Este trabalho deu origem ao projeto da SP Escola de Teatro;
5 — Idealizou a SP Escola de Teatro e, em colaboração com os coletivos Dramáticas em Cena, Espaço Cenográfico, Grupo Macunaíma, Parlapatões e Teatro da Vertigem, fundou a Associação dos Artistas Amigos da Praça, responsável por estruturar o projeto pedagógico da instituição, que hoje serve de inspiração para várias escolas de teatro ao redor do mundo;
6 — Uma das características do grupo é manter suas peças em cartaz por longos períodos. Dezenas de suas produções acumularam mais de 100 apresentações;
7 — A peça “A Filosofia na Alcova”, estreada em 1993 em Lisboa, realizou mais de 1.000 apresentações em diversas cidades da França, Inglaterra, Escócia, Ucrânia, Estados Unidos, Bolívia e Brasil;
8 — “Pessoas Perfeitas” e “Os 120 Dias de Sodoma” foram encenadas em mais de 500 sessões;
9 — Foi a primeira companhia de teatro brasileira a ter um site na internet, em 1994;
10 — Entre os anos de 2002 e 2005, Os Satyros mantiveram uma estação de rádio. Chamada Rádio Livre Satyros, operava através de faixa de transmissão FM, frequência 88,7MHz;
11 — Também foi a primeira companhia de teatro ocidental a se apresentar na Ucrânia, em 1993, após a queda do muro de Berlim;
12 — No Brasil, o trabalho do grupo foi objeto de dezenas de pesquisas de mestrado e doutorado em áreas como urbanismo, psicologia, comunicação, sociologia, geografia e teatro;
13 — Várias publicações em livros e artigos ao redor do mundo falaram das experiências estéticas do grupo;
14 — Ivam Cabral e Rodolfo García Vázquez contribuíram com artigos para renomadas publicações internacionais, sendo algumas editadas por importantes editoras como a Routledge, do Reino Unido;
15 — Ao longo deste período, uma grande parte da produção dramatúrgica do grupo foi compilada e editada. No total, foram publicados mais de 20 livros;
16 — Textos de Ivam e Rodolfo foram traduzidos para inglês, espanhol, alemão e sueco, além de terem sido editados em Cuba e Angola;
17 — O grupo criou o festival Satyrianas – Uma Saudação à Primavera, um dos maiores eventos de artes do Brasil. Em sua última edição, a 23ª, mais de 400 atrações se apresentaram para um público que superou a marca de 30 mil pessoas;
18 — Em 2009, o Satyrianas foi incluído no Calendário Oficial do Estado de São Paulo, através da Lei 13.750, de autoria do deputado estadual Carlos Giannazi;
19 — Receberam mais de uma centena de prêmios, no Brasil e no exterior (Cuba, Índia, Estados Unidos, Reino Unido e Kenya);
20 — Desde 2019, também faz parte do Calendário Oficial da Cidade de São Paulo, conforme a Lei 17.757, aprovada a partir de uma proposta do vereador Celso Giannazi;
21 — Em 2014, o Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo (Conpresp) reconhece Os Satyros como “Patrimônio Imaterial da cidade de São Paulo”;
22 — Em 2014, através do vereador Floriano Pesaro, o grupo recebe a Salva de Prata, a maior comenda da Câmara Municipal de São Paulo;
23 — Em 2019, o deputado Carlos Giannazi concede ao grupo o Colar de Honra ao Mérito Legislativo;
24 — Também em 2019, através do vereador Celso Giannazi, Ivam Cabral é condecorado Cidadão Paulistano;
25 — Em 2022, Ivam Cabral recebe a Medalha Tarsila do Amaral, do Governo do Estado de São Paulo;
26 — Ainda em 2022, Ivam Cabral conquista a Ordem do Mérito Medalha M.M.D.C Caetano de Campos, condecoração que é a maior honraria do Governo do Estado na área da educação;
27 — Antes da chegada dos Satyros, há 25 anos, ao pegar um táxi para a Praça Roosevelt, o motorista precisava ser orientado: “No centro ou no Brás?” Sim, a estação integrada do Brás chamava-se (ou ainda se chama?) Estação Roosevelt e era muito mais famosa do que a praça da igreja da Consolação;
28 — Em 1993, o grupo foi censurado na Ucrânia, resultando no cancelamento da temporada do espetáculo “Philosophy in the Alcove” após a apresentação de estreia;
29 — Em 1993, após denúncias da Associação da Moral e Bons Costumes da Escócia, o grupo precisou de segurança policial para continuar se apresentando no Edimburgh Fringe Festival;
30 — O grupo produziu dois longas-metragens de sucesso: “Hipóteses para o Amor e a Verdade” (2014) e “A Filosofia na Alcova” (2017);
31 — Mais recentemente, o grupo criou o Cine Satyros Bijou, resgatando a importância histórica da icônica sala de cinema da Praça Roosevelt;
32 — Desde 2009, o grupo realiza o Festival Satyricine Bijou, que, a partir de 2019, passou a premiar a produção cinematográfica nacional contemporânea;
33 — A atriz Phedra De Córdoba tornou-se a primeira cidadã cubana a cruzar a alfândega de seu país como mulher transgênera para as apresentações do espetáculo “Liz” em Havana, em 2009;
34 — No filme “Hipóteses para o Amor e a Verdade”, de 2014, três dos seis protagonistas são pessoas trans;
35 — A peça “Transex”, de 2003, é provavelmente o primeiro texto nacional a trazer um casal romântico transcentrado como protagonista.
Que orgulho dessa companhia! O Satyros é necessário pra nossa cultura e educação. Que venham mais 35 anos de muitas inspirações e prosperidade. Evoé!!!!!