Crítica: Os Satyros misturam vida e tecnologia

A turma do Satyros surge em um novo espetáculo repleto de tecnologia e histórias de humanos perdidos na selva de pedra urbana

Foto: Flavio Morbach Portella

Um certo deslumbramento tecnológico paira sobre a nova montagem da Cia. Os Satyros, Cabaret Stravaganza, em cartaz no espaço 1 do grupo na praça Roosevelt, no centro de São Paulo.

Contudo, são em alguns pequenos momentos calcados no trabalho de ator que conseguem conquistar, bem mais do que a parafernália tecnológica, o espectador da diminuta sala.

Na montagem que contou com a colaboração do elenco na construção da dramaturgia de Maria Shu sob direção de Rodolfo García Vázquez, os artistas surgem logo de cara, em um baile no qual integrantes da plateia são convidados a participar.

Depois, o elenco de 12 atores começa a desfilar pequenas e humanas histórias, nas quais o apêndice do corpo é a máquina tecnológica que, com o tempo, vai se naturalizando e integrando-se na nossa cotidianidade urbana.

Na miscelânea de cenas, algumas se destacam, como Phedra De Córdoba na pele da velha bruxa com seus cestos de maçãs. Outras são quase patéticas, como quando um dos atores começa a mostrar fotos de sua lua de mel europeia, repleta do sonho de felicidade assassinado pela noiva que o deixou.

Cabaret Stravaganza
Quando: quinta a sábado, às 21h. Até 17/12/2011.
Onde: Espaço dos Satyros 1 (praça Franklin Roosevelt, 214, Centro, São Paulo).
Quanto: R$ 20
Informações: 0/xx/11 3258-6345
Classificação: 16 anos

Fonte: Miguel Arcanjo Prado, editor. R7, 14 de novembro de 2011

Ator, roteirista e cineasta. Co-fundador da Cia. Os Satyros e diretor executivo da SP Escola de Teatro.
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