SATYRIANAS, UM PEQUENO BALANÇO

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Mais uma primavera, mais uma Satyrianas. De sexta (11/11) a segunda (14), muitas emoções circularam pela Praça Roosevelt e por vários outros espaços da cidade. Foram 78 horas ininterruptas de alegria.

No 22º aniversário dos Satyros, a festa deste ano teve um formato menor, porém não menos instigante. Pela primeira vez, desde 2006, o evento se concentrou em espaços fechados e à rua foram destinadas atrações que se concentraram somente na calçada dos teatros da Praça.

Assim, as Satyrianas deste ano ano não tiveram as tradicionais tendas que sempre acolheram parte de sua programação. Ao contrário do que parece, esta foi uma escolha e não imposição por conta da reforma da Praça – até porque tínhamos a possibilidade de estender a festa para outros horizontes, como aconteceu no ano passado. Nossa aventura, no entanto, foi o resgate do clima intimista das primeiras Satyrianas.

Todavia, embora o desejo de retornar ao CEP original fosse forte, não queríamos perder a característica que sempre nos motivou: o diálogo com a pólis. Desta forma, a festa ecoou em teatros de outros lugares, de Higienópolis à Vila Cisper, no espaço do grupo Periferia Invisível, na zona Leste, por exemplo.

Cerca de 15 mil pessoas lotaram as mais de 200 apresentações, realizadas por centenas de artistas, em 20 espaços espalhados pela cidade.

Em sua 12ª edição, muito teatro, música, literatura, dança e cinema. Uma apresentação da Banda Monte Alverne, de metais e percussão,  mais um grupo de taiko – os famosos tambores japoneses –, em frente ao Espaço Satyros Um, abriram a programação. Tradicionais em outras edições, o “Dramamix”, “Ouvi Contar”, “Satyras da Dança” e o projeto “Diálogos”, entre muitos outros, ganharam continuidade.

Estreando este ano, o projeto “AutoPeças” propôs uma encenação inusitada: os palcos foram 10 automóveis, ora em movimento, ora estacionados; as cenas ocorreram dentro, fora e em cima de cada veículo.

Pelo segundo ano consecutivo, a atriz Lulu Pavarin foi eleita a Garota Satyrianas. O resultado foi anunciado durante o “Show de Boate”, na madrugada de domingo, para uma plateia animadíssima.

No encerramento, um momento emocionante: a homenagem aos artistas Ariela Goldmann, Lavínia Pannunzio, Bosco Brasil, Jairo Mattos e Luis Frugoli, criadores do Teatro de Câmara de São Paulo, que consideramos os desbravadores da Praça Roosevelt.

Ator, roteirista e cineasta. Co-fundador da Cia. Os Satyros e diretor executivo da SP Escola de Teatro.
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2 comentários em “SATYRIANAS, UM PEQUENO BALANÇO

  1. querido, foi realmente emocionante a homenagem no encerramento.
    é bonito ver a história se encontrando, entre os que iniciaram a ocupação e os Satyros + Parlapatões que tornaram a Roosevelt algo definitivo.
    participar este ano teve um gosto diferente, especial.
    foi um enorme prazer poder trabalhar com vcs outra vez.
    que venham muitos outros anos.
    beijos sempre…
    RUY FILHO

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