Ganhei mais um prêmio e já é um dos mais especiais da minha carreira. É um coração e veio ontem, ao término da apresentação de “Todos os Sonhos do Mundo”, aqui no Mindelo, em Cabo Verde.
Ao longo do Mindelact estão sendo homenageadas figuras e instituições que fizeram parte da história do festival e eu estou entre elas, vejam só que luxo!
O Mindelact é o maior festival de teatro do continente africano. Seus números impressionam. São 11 dias de festival, com 72 espetáculos de 13 países, como Cabo Verde, Brasil, Portugal, Guiné-Bissau, Angola, Itália, Espanha, França, Alemanha, República Checa, Japão, Estados Unidos e Dinamarca.
A peça que abriu esta edição do festival foi a elogiadíssima “Bella Figura”, do Teatro Nacional de São João, do Porto, Portugal, em uma parceria entre o Teatro Nacional São João e o Ministério da Cultura e das Indústrias Criativas de Cabo Verde, que prevê, ainda, capacitação e formação de agentes teatrais no qrquipélago cabo-verdiano.
No discurso de abertura do evento, João Branco, presidente da Associação Mindelact, destacou a importância do crescimento do evento ao longo dos anos e a economia dos afetos que o ampara.
“O que sustenta o Mindelact acima de tudo é aquilo que designamos, desde 2014, de economia dos afetos. É, efetivamente, o afeto que faz o Mindelact existir, sem o afeto o custo concreto financeiro deste festival teria que ser multiplicado por 20.”, afirmou João Branco.
João é o grande mentor do Mindelact. Além de presidir a instituição, idealizou o festival, 25 anos atrás.
Amanhã, “Todos os Sonhos do Mundo” será apresentado na cidade da Praia, capital do país. Em seguida volto pro Brasil. Tem uma Satyrianas inteira me esperando. Mas com um dos corações do Mindelact, voltar será mais leve. Obrigado, Cabo Verde.
